Estudantes da Universidade de Coimbra distinguidos internacionalmente

SF
Sara Machado - FCTUC
17 janeiro, 2024≈ 3 mins de leitura

© UC | Ana Bartolomeu

Julianna Santos e Nirmal Kulkarni, ambos estudantes no Departamento de Arquitetura (DARQ) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), foram distinguidos com o Prémio Professor José Galbinski e o IASTE Berkeley Paper Prize, respetivamente.

O artigo científico “Reinterpretação de Edifícios e Espaços Urbanos, pelos Azulejos de Delfim Amorim”, de Julianna Santos (em coautoria com Patrícia Oliveira e Liliana Adrião), premiado durante o V Seminário Internacional da Academia de Escolas de Arquitetura e Urbanismo de Língua Portuguesa (AEAULP) - “Proximidades Distantes”, no Brasil, discute os resultados dos ateliês realizados nos Cursos de Arquitetura e Urbanismo das faculdades ESUDA e UNINASSAU, no Recife, com o objetivo de explorar a interseção entre arte e arquitetura, a reinterpretação de edifícios e dos espaços urbanos influenciados pelos padrões de azulejos de Delfim Amorim.

Enfatiza ainda a ligação entre a arquitetura moderna e a prática arquitetónica contemporânea, de modo a destacar a continuidade da utilização de azulejos portugueses re-imaginados por Amorim, arquiteto luso-brasileiro do século XX, conhecido por influenciar a renovação da arquitetura portuguesa nos anos 50, e referência para arquitetos contemporâneos em Portugal e no Brasil.

Já o artigo de Nirmal Kulkarni, denominado “Dinamics of Homecoming: Socio-spatial practices defining Hindu religious geographies from Marcel, Goa, India”, distinguido no Congresso IASTE 2024, na Arábia Saudita, examina as inusitadas procissões religiosas hindus de “regresso a casa” e a sua influência temporal no ambiente construído.

Anualmente, as divindades femininas protetoras de diversas aldeias circulam num “palkhi” carregado pelos devotos até suas casas. Através de dois estudos de caso, em Marcel, Goa, a investigação descobre marcadores cerimoniais ritualísticos e espaços domésticos no caminho processional, no sentido de chegar a uma interpretação de “casa”.

O estudo utiliza o “terceiro espaço” como quadro teórico e tenta abstrair um quadro conceptual para explorar estes fenómenos. Esta tradição inventada, não encontrada nas antigas tradições hindus, transformou-se ao longo do tempo, tornando-se uma prática sócio espacial anual dinâmica.

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