Inauguração da exposição “Configurações (im)prováveis”

14 janeiro, 2015≈ 3 mins de leitura

© UC

De 15 de janeiro a 6 de março, o Colégio das Artes da Universidade de Coimbra acolhe a exposição “Configurações (im)prováveis, com organização de Alexandra Pinho e Jorge Figueira. A inauguração decorrerá pelas 18 horas do dia 15 de janeiro.

A exposição, que integra fotografias de Filipe Branquinho e Mauro Pinto sobre as obras literárias dos escritores moçambicanos Paulina Chiziane e Ungulani Ba Ka Khosa, poderá ser visitada de 2.ª a 6.ª feira, entre as 14h e as 18h.

Sobre a Exposição
Os escritores moçambicanos Paulina Chiziane e Ungulani Ba Ka Khosa marcam, de forma indelével, o panorama da literatura moçambicana e africana em língua portuguesa. Em 1987, Ungulani Ba Ka Khosa publicou “Ualalapi”, romance sobre o passado colonial e sobre Gungunhana que foi considerado um dos 100 melhores livros da literatura africana do século XX. Paulina Chiziane é a primeira escritora moçambicana negra. Em obras como “Niketche – uma história de poligamia” retrata a vida das mulheres africanas.
A riqueza literária e cultural das obras destes autores incita não apenas à leitura das obras mas também ao estudo de relações entre a escrita literária e outras práticas artísticas.
Para esta exposição, produzida em Maputo, convidámos Filipe Branquinho e Mauro Pinto, fotógrafos com um percurso internacional, a trabalhar a obra de um deste escritores. Surgem, assim, duas séries de cinco fotografias: Mauro Pinto visita a obra de Paulina Chiziane, as mulheres moçambicanas e o seu papel em práticas tradicionais; Filipe Branquinho lê Ungulani Ba Ka Khosa, recria espaços a partir do ponto de vista de personagens e, no seu trabalho, evoca a história e a memória de Moçambique.
Cada série forma uma narrativa. E neste espaço de ficção, fotografia e texto entrelaçam-se de novo, pois cada fotografia coabita com um excerto literário que remete para possíveis leituras. Geram-se, assim, configurações que nos apontam novos caminhos, alguns dos quais aparentemente improváveis.
 Alexandra Pinho

 

Partilhe