Joaquim de Carvalho em exposição bibliográfica e documental na Biblioteca Geral da UC

A exposição vai estar na Sala do Catálogo da BGUC até 10 de agosto.

10 junho, 2016≈ 3 mins de leitura

© UC | Marta Costa

A Sala do Catálogo da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra (BGUC) vai acolher a exposição bibliográfica e documental Joaquim de Carvalho, originalmente organizada pelo Departamento de Cultura da Câmara Municipal da Figueira da Foz.

A inauguração realiza-se a 13 de junho, às 10 horas, na Sala de S. Pedro da BGUC, com uma visita guiada por Paulo Archer de Carvalho, do CEISXX. A exposição poderá ser visitada até 10 de agosto.

Joaquim de Carvalho (Figueira da Foz, 10 de junho de 1892 – Coimbra, 27 de outubro de 1958) foi um professor da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, onde regeu cadeiras de Filosofia e de História da Cultura.

Foi diretor da “Revista da Universidade de Coimbra”, da Biblioteca Geral (1926-1931) e da Imprensa da Universidade. No desempenho destas funções, promoveu a publicação de centenas de livros resultantes da investigação académica. Instituiu igualmente diversas linhas de pesquisa, em particular na história da ciência e do pensamento português e europeu.

Em registo de invulgar abrangência, consagrou também ensaios a alguns dos escritores mais representativos do cânone literário português: Gil Vicente, Luís de Camões, Eugénio de Castro, Teixeira de Pascoaes e Antero de Quental.

Dirigiu ainda a prestigiada Biblioteca Filosófica (da livraria Atlântida, em Coimbra) e a “Revista Filosófica” (cujo último número sairia postumamente, em 1959). Acalentou o projeto de escrever uma história da Filosofia em Portugal.

É consensualmente reconhecido pela seriedade e fundura do seu labor intelectual.

Obediente à sua própria consciência, foi tenazmente perseguido pelo Estado Novo, a ponto de ter visto extinta a Imprensa da Universidade, que dirigia. No seu tempo, os próprios colegas universitários mais conservadores se referiam a Joaquim de Carvalho como o “sábio”. De entre os discípulos que formou, destaca-se Eduardo Lourenço, que foi seu assistente, entre 1947 e 1953.

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