Lugar de intimidade e de habitação conjunta no palco do TEUC

O TEUC é o grupo cénico mais antigo em atividade contínua da Europa e realiza, a 27 de abril, a apresentação da formação 2017/2018.

24 abril, 2018≈ 3 mins de leitura

O ano de 2018 assinala os 80 anos do Teatro dos Estudantes da Universidade de Coimbra (TEUC) e, com eles, o legado vivo do teatro mais antigo do continente em atividade ininterrupta. Um dos pontos altos das celebrações é a apresentação do Exercício Final do Curso de Formação. Trata-se de um espetáculo construído a partir dos conhecimentos e das técnicas trabalhadas nos workshops do curso de formação do TEUC.

Tendo como ponto de partida o contexto da 20.ª Semana Cultural da Universidade de Coimbra e o tema “Oh as casas”, a peça procura estabelecer traços próprios. “Tentámos compreender de que maneira poderíamos abraçar o tema de uma forma mais nossa”, conta a atriz e encenadora do grupo, Rita Morais.

Para a encenadora, o produto final é uma criação coletiva. Segundo a responsável, está a ser trabalhada a “vontade de toda a gente” e as “urgências artísticas” do grupo. Rita Morais reflete sobre a peça e como a mesma cria uma nova “casa”  que pode estender-se para além das propostas da Semana Cultural. Lugar de intimidade e lugar de habitação conjunta são duas das características do espaço que a encenadora vai revelar de 27 de abril a 3 de maio.

O trabalho, apresentado no 3.º piso da Associação Académica de Coimbra, é reflexo de uma formação artística de cerca de seis meses. Durante este tempo, diversos profissionais portugueses e estrangeiros expuseram o conhecimento ao grupo de jovens atores.

O curso realizado pelo TEUC tem lugar de dois em dois anos. O vice-presidente do grupo, Emanuel Santos, defende a importância do “cruzamento de gerações” que acontece no ano seguinte ao curso. Os formandos passam a intervir na organização do grupo e o que se procura fazer que, segundo Emanuel Santos, é “perceber que tipo de espetáculos a nova geração quer fazer, que tipo de formações eles acham que vale a pena continuar a prestar”.

O vice-presidente destaca que existem “mecanismos” que funcionam mas que “o TEUC é permeável às pessoas que naquele ano estão ali”. “A vontade das pessoas é a regra”, completa.

Veja mais informações sobre o espetáculo aqui.

 

Vittorio Aranha – Estudante FLUC
Partilhe