Recife recebe a exposição "A Universidade de Coimbra e a independência do Brasil”

A mostra vai estar patente até 31 de maio no Brasil e, a partir de setembro, poderá ser vista na Universidade de Coimbra.

22 março, 2022≈ 3 mins de leitura

Da direita para a esquerda: Múcio Aguiar, Presidente da Associação de Imprensa de Pernambuco; João Palmeiro, Associação Portuguesa de Imprensa; João Nuno Calvão da Silva, Vice-Reitor da Universidade de Coimbra; Embaixador Luís Faro Ramos, Embaixador Portugal no Brasil; Alexandra Pinho, Conselheira Cultural (Diretora Camões - CCP Brasília); Antônio Campos, Presidente da FUNDAJ - Fundação Joaquim Nabuco; e, Adriano José da Fonte Moutinho, Vice-cônsul de Portugal no Recife.

© DR

Já inaugurou, na Galeria Massangana, na cidade brasileira do Recife, a exposição "A Universidade de Coimbra e a independência do Brasil”, uma mostra que reúne registos documentais e bibliográficos da relação centenária entre a UC e o Brasil.

A mostra está enquadrada na programação oficial das comemorações do bicentenário da Independência do Brasil promovidas pelo Governo Federal do Brasil e consiste na primeira efeméride Portugal/Brasil no quadro do programa das comemorações deste bicentenário.

Trata-se de uma viagem pela história da relação entre a Universidade de Coimbra (UC) e o Brasil e começa apropriadamente no Estado do Pernambuco, terra natal de Manuel de Paiva Cabral, o primeiro aluno com o registo “natural do Brasil” a estudar na mais antiga universidade portuguesa (que frequentou entre 1574 e 1586).

A mostra, que vai estar em exibição até 31 de maio, é uma iniciativa da Universidade de Coimbra em parceria com a Fundação Joaquim Nabuco, a Associação Portuguesa de Imprensa e a Associação da Imprensa de Pernambuco, com o apoio da Embaixada de Portugal no Brasil e do Instituto Camões. Reúne os registos documentais e bibliográficos da relação centenária entre a Universidade de Coimbra e o Brasil e integra-se nas comemorações do bicentenário da independência do “país-irmão” (1822-2022).

A Universidade de Coimbra está umbilicalmente ligada à história do Brasil: dela se diz que foi fundamental para que o país sul-americano nascesse e crescesse uno e indiviso. Enquanto na América Latina de domínio espanhol, as elites formadas em 25 universidades distintas deram origem a 18 novos países no decurso do século XXI, as 19 Capitanias-Gerais do território português na América do Sul mantiveram-se unidas, pois a grande maioria das suas elites (71,8% dos Ministros, Senadores e Conselheiros brasileiros entre 1822 e 1831) tinha estudado em Coimbra, na única universidade em funcionamento permanente no “império português” até 1911.

É dessa relação centenária que trata a exposição, com um vasto acervo documental e bibliográfico dos períodos pré e pós-coloniais entre o Brasil e Portugal, onde não faltam registos da imprensa oitocentista nem a matrícula do primeiro aluno com inscrição “natural do Brasil” – o pernambucano Manuel de Paiva Cabral – na Faculdade de Leis, em 13 de novembro de 1579.

“Trata-se de uma iniciativa que reflete a importância da UC na História do Brasil, muito atual porque simboliza o papel da Universidade de Coimbra como promotora da paz e do diálogo entre povos”, refere o Vice-Reitor da UC para as Relações Externas e Alumni, João Nuno Calvão da Silva.

Após a exibição no Brasil, a exposição – com coordenação do Vice-Reitor João Nuno Calvão da Silva e do Diretor da Biblioteca Geral da UC, João Gouveia Monteiro, e curadoria de Ana Maria Leitão Bandeira e António Eugénio Maia do Amaral – estará patente na Universidade de Coimbra a partir de setembro deste ano.

Partilhe