Mulheres da UC na Ciência: Inês Amaral

Inês Amaral é investigadora do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. A professora e coordenadora da Secção de Comunicação do Departamento de Filosofia, Comunicação e Informação da Faculdade de Letras da UC é a convidada de fevereiro da rubrica As Mulheres da UC na Ciência.

MC
Marta Costa
AB
Ana Bartolomeu
05 fevereiro, 2024≈ 3 mins de leitura

© UC l Ana Bartolomeu

Desde que se lembra que quis ser jornalista e, após uma breve passagem por Relações Internacionais, foi em Braga que fez o curso de Comunicação Social. Hoje, a docente na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Inês Amaral, acredita que fez “o percurso natural de quem estuda jornalismo, que é exercer”. Passou pela revista Comum, na Universidade do Minho, pelo jornal regional Correio do Minho e pela rádio TSF. Mas “a partir de determinada altura, como acontece com algumas pessoas, desiludi-me com o jornalismo e percebi que afinal não ia mudar o mundo e que havia outras coisas que podia fazer”. E assim começou a aventura na academia.

Trabalhou com jornalismo online, “na altura em que ainda era uma novidade” e foi na área do ciberjornalismo que começou a lecionar. Daí partiu para outra área central, que foi “olhar o design de interação e cruzar com o ciberjornalismo”. Inês Amaral considera que tem um trabalho “muito interdisciplinar e cruzado com outras áreas e outras pessoas”.

Antes do género, também a temática relacionada com o envelhecimento a seduziu, e daí estudou também a literacia mediática e digital. A perspetiva de género nos media, em particular as masculinidades, tem levado a muitos trabalhos publicados.

Com “uma vida centrada em torno do jornalismo”, a docente é hoje investigadora do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra e coordenadora da Secção de Comunicação do Departamento de Filosofia, Comunicação e Informação da Faculdade de Letras da UC. Acredita que trabalha numa “área cada vez mais interessante e interdisciplinar”.

Ao olhar para a situação atual, vê que “esta crise é um ataque ao jornalismo e um ataque à democracia”. “Sem jornalismo não há pluralismo e sem pluralismo não há democracia”, garante.

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Inês Amaral é Professora Associada da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Doutorada em Ciências da Comunicação pela Universidade do Minho, é investigadora do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra e investigadora colaboradora do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade da Universidade do Minho. Tem desenvolvido investigação sobre sociabilidades nas redes sociais digitais; participação e media sociais; estudos feministas dos media; masculinidades; género e media; literacia mediática e digital; tecnologias e envelhecimento ativo; audiências e consumos mediáticos na era digital; desinformação. Foi Invited Scientist Fellow na Universidade Carlos III de Madrid no âmbito do projeto financiado ENCAGE-CM (S2015/HUM-3367) e Professora Convidada na Universidade de Cabo Verde. É formadora certificada pelo Ministério da Educação, Sindicato dos Jornalistas e Conselho Científico-Pedagógico da Formação Contínua na área da Literacia Mediática e Educação para os Media.

É a investigadora responsável do projeto "MyGender - Práticas mediadas de jovens adultos: promover justiça de género nas e através de aplicações móveis" (PTDC/COM-CSS/5947/2020), e a investigadora corresponsável do projeto "MediaTrust.Lab - Laboratório de Media Regionais para a Confiança e Literacia Cívicas" (PTDC/COM-JOR/3866/2020). Atualmente, integra as equipas dos projetos “YouNDigital – Jovens, Notícias e Cidadania Digital” (PTDC/COM-OUT/0243/2021) e “UnCoveR – Violência sexual nas paisagens mediáticas portuguesas” (2022.03964.PTDC). Tem publicado em revistas como a Social Media + Society, International Journal of Communication, European Journal of Women’s Studies, Lecture Notes in Computer Sciences, Media Studies e European Journal for Research on the Education and Learning of Adults, e em coleções como Religion, Gender, and Populism in the Mediterranean (2024), The Routledge Companion to Gender, Media and Violence (Routledge, 2023), Digital Ageism (2023), The Routledge Companion to Gender, Sexuality and Culture (Routledge, 2022), Digital Convergence in Contemporary Newsrooms (Springer, 2022), Digital Media (McGraw-Hill, 2021), The SAGE International Encyclopedia of Mass Media and Society (Sage, 2020) e The Future of Audiences (Palgrave, 2018).

Ativista feminista, tem-se envolvido com vários movimentos sociais pela liberdade de expressão, igualdade de género, direito à autodeterminação de género e luta pelos direitos humanos.