Sons da Cidade 2019 convidou a debater teatro

21 junho, 2019≈ 3 mins de leitura

© UC | Marta Costa

“O nosso trabalho, o teatro, é mediador de um montão de ideias Ideias que têm de ser ditas, pensadas e trabalhadas”. José Paulo, do Círculo de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra (CITAC) foi um dos oradores da tertúlia que inaugurou a edição de 2019 do Sons da Cidade. Com o tema “Liberdade, Liberdade: Teatro, Palavra e Ser”, o evento teve lugar na Sala do Carvão da Casa das Caldeiras na sexta-feira, 21 de junho, com o objetivo de “devolver à polis, ao espaço público, a discussão” do teatro como “uma forma de liberdade”, assumiu o Vice-Reitor da Universidade de Coimbra (UC), Delfim Leão.

“A grande questão é a palavra”. Ao explicar o psicodrama, “uma terapia baseada no teatro”, o psiquiatra e professor emérito da Faculdade de Medicina da UC, Pio de Abreu, desafiou quem estava na plateia a tornar-se conferencista e assumir outro papel. No psicodrama, Pio de Abreu referiu que “uma pessoa é o seu próprio terapeuta, é o protagonista da sua própria cura” e que pode usar as palavras “não apenas como punhais, mas também para salvar ou fazer rir”.

E foi com a dicotomia da tragédia e comédia que arrancou a reflexão sobre o teatro, na antiguidade, nas palavras de Maria Fátima Silva, docente de Estudos Clássicos na Faculdade de Letras da UC. E o desafio da análise serviu para explicar que no teatro “a sociedade é chamada a rever-se”. Por exemplo, “da comédia, espera-se que seja política, ritualista, que utilize o mito e que seja pedagógica. Ou seja, que projete a realidade da sociedade deformando-lhe os traços”, referiu a docente.

Para conhecer o programa completo do Sons da Cidade, consulte aqui.

 

Marta Costa
Partilhe